24 de out. de 2025

Fly Daddy, Fly (Furai, dadi, furai)


Olá pessoal, eu assisti a versão japonesa desse filme recentemente (eu havia assistido a versão coreana primeiro, então se quiser conferir antes aqui a versão coreana, pois vou fazer uma sinopse mais comparativa). A história é a mesma, mas as diferenças entre os filmes é bem visível.


Sinopse: Suzuki é um clássico pai de família japonês que tem sua única filha espancada por um FDP cujos pais são alguém importante. O pivete luta boxe é um campeão na sua categoria. Após ser chantageado e comprado pelo diretor da escola do meliante esse pai vai buscar vingança. E para isso ele vai contar com ajuda de estudantes de um outro colégio, em específico de um Coreano (Park Sun Shin - que é o Okada Junichi do V6, nem usaram um coreano de fato, meio triste mas ok).


A grande diferença dessa versão em comparação com a coreana, é que o filme foca não apenas no pai mas também nas questões de racismo e xenofobia sofrido pelo jovem mestre dele. Por obviedade, a versão coreana não tinha como focar nisso na história. Eu gostei também que na versão japonesa, o diretor Narushima decide brincar com o contraste preto e branco no inicio do filme, ficando colorido só no momento que o Sun Shin aparece no filme. Isso dá uma ideia de que aquele é o prólogo do filme que vai começar agora - muito bom. Acho que a versão japonesa conseguiu dar muito mais sentido ao Fly, Daddy, Fly do que a versão coreana.


O estilo japonês é sempre mais silencioso e paradão, enquanto que o estilo coreano é mais dinâmico explorando não apenas o visual mas também a áudio - são apenas estilos, e isso torna a mesma história bem diferente uma da outra. Acho que ambas as versões apresentam cenas marcantes de bonita, e devem ser assistida com certeza.


Pontos Fortes: Embora eu goste muito do Lee Jun Ki e não acho que na versão coreana ele perde para a versão japonesa. Nesse filme é focado muito mais no personagem Sun Shin, então acaba que o Okada tem mais protagonismo aqui, inevitavelmente, e claro que ele não decepciona tendo um porte físico que dá muito mais sentido na história.


A história do machucado do Park Sun Shin é muito mais bem trabalhada nesse filme do que na versão coreana. Isso porque é possível o drama explorar a xenofobia e racismo japonês. Além disso, o personagem do Okada apresenta muito mais profundidade. Ficou muito bonita, e bem menos violenta do que a versão coreana. E isso é importante, pois não acho que o Kaneshiro queria de fato algo violento o objetivo é passar uma mensagem, então o final - para mim, claro - é muito melhor nessa versão. Os coreanos colocam muito mais ação, desnecessária (bem mais hollywoodiana, não curto).


O próprio Kaneshiro Kazuki ter feito o roteiro tornou o filme muito mais forte, ele consegue tornar qualquer obra uma joia. Porém na versão coreana foi colocado um personagem extra, um detalhe que deixou o filme coreano tão bom quanto.


Pontos Fracos: É muito visível que os jovens da escola são uns adultos de mais de 20 anos, ou pelo menos parecem muito velhos para estarem na escola. Acho que na época o Japão tinha como ideia que jovens de escola eram tudo retardado esquisitos, sério a criançada não agia como criança agia como idiotias mesmo, ficou meio ridículo isso no filme. Outra coisa irritante, o boxeador é um apagadão sem graça, em comparação com a versão coreana esse perde de dez a zero.


Infelizmente a versão japonesa conta com um ator que já tem um porte atlético, é mais legal na versão coreana que eles escolhem um "baixinho gordinho" (tô tentando evitar os preconceitos aqui mas é visível o emprego do estereotipo do corpo do personagem aqui), e durante o treino ele fica no porte forte atlético. A versão japonesa perde nesse quesito.


Baixar:

Esse eu vi no Avistaz com legenda em inglês. Acho que super vale a pena assistir por causa do Okada, e porque é um trabalho do Kaneshiro Kazuki e portanto sempre vale a pena.

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